Após obter o diagnóstico, o paciente precisa aprender administrar o impacto financeiro do diabetes.
O ponto mais importante do tratamento é seguir as orientações médicas, mantendo o nível de glicemia controlado. Isso pode até reduzir a necessidade de tomar remédio diariamente.
Essa medida faz com que não apenas a saúde permaneça sob controle, mas também que seja desnecessário gastar ainda mais do que o esperado para se cuidar.
Veja como o diabetes influencia diretamente as finanças do paciente e cuide-se para permanecer bem em todos os aspectos.
O impacto financeiro do diabetes é uma questão bastante séria que todos os pacientes precisam lidar. Essa doença crônica exige um tratamento que inclui não apenas medicamentos, mas também insumos, exames e consultas frequentes. Veja a implicação econômica que o diabetes tem na família e como administrar essa realidade.
É importante dizer que os valores informados são aproximados e têm simplesmente o objetivo de mostrar que o tratamento de diabetes pode ser caro.
Em primeiro lugar, é crucial listar os custos diretos que a pessoa possui todos os meses. Há medicamentos injetáveis, de via oral e insulina. Isso não significa que o paciente precise tomar todos esses, depende do tipo de diabetes e do quadro clínico dele, que varia bastante. No entanto, caso o medicamento não seja fornecido pelo SUS, a despesa raramente fica abaixo de R$ 300.
Também é necessário adquirir o aparelho para medir o nível de glicose no sangue, além de insumos como tiras reagentes e lancetas. O valor de uma caixa de tiras contendo 50 unidades custa por volta de R$ 80. Ela dura em média (25 a 50) dias, porém, esse prazo varia de acordo com a frequência com que o paciente mede a glicemia.
Quem tem diabetes tipo 1 precisa administrar insulina todos os dias, e há três maneiras de seguir a orientação médica:
O custo mensal do tratamento com insulina certamente varia de acordo com a forma de aplicação. Um deles é realizado por meio de canetas e o valor delas depende do tipo de insulina e da dosagem diária para aplicação.
Continue lendo e veja outras despesas ligadas a essa doença.
Os exames preventivos são a melhor forma de não apenas confirmar que está tudo bem com a saúde, mas também detectar doenças precocemente. Isso possibilita que o tratamento seja mais rápido, mais barato e menos invasivo. No caso do diabetes, serve para descobrir que o paciente está no estágio de pré-diabetes, que ainda é reversível.
Portanto, o paciente com pré-diabetes pode tomar providências para mudar o quadro clínico e reverter esse diagnóstico. Caso ele mantenha os hábitos que levaram ao desenvolvimento da doença, terá implicações graves na saúde física e financeira. No começo desse texto, citamos apenas os custos mensais com medicamentos e insumos, mas há outros.
A pessoa com diagnóstico de diabetes precisa ir ao médico com maior frequência, e não só ao endocrinologista. Essa enfermidade tem potencial para desencadear outras doenças quando o paciente não segue as orientações médicas e deixa a glicemia descompensada. Neuropatia diabética, problemas cardiovasculares, oculares e insuficiência renal são os problemas mais frequentes.
Além do preço da consulta, existe o valor do transporte e a necessidade de ir ao médico e ter que adiar outros compromissos. Mesmo que a pessoa não trabalhe, ela deixa de realizar outras tarefas do dia a dia. O mesmo raciocínio vale para a fazer exames, que também se torna mais frequente à medida que a condição clínica se agrava.
Pacientes que possuem plano de saúde já têm o “valor” de consultas e exames embutidos nessa despesa. Quem depende do SUS conta com assistência gratuita, mas nem sempre consegue agendar o que precisa. Além disso, não é raro alguns medicamentos estarem em falta na farmácia do posto de saúde. Infelizmente, essas duas carências do atendimento público complicam a situação do paciente.
Atualmente, cada vez menos famílias conseguem permanecer no orçamento para manter uma casa. Quando algum de seus integrantes tem diabetes, o contexto fica difícil. Elas precisam cortar custos para conseguir manter o tratamento e isso exige sacrifícios.
Lazer e educação acabam sendo as áreas mais comprometidas nesse caso; fica no orçamento apenas o essencial. Dependendo do plano de saúde, não há cobertura para certos exames ou o SUS não os disponibiliza à população. Isso representa gastos ainda maiores em alguns meses.
Outra questão familiar está ligada à alimentação, pois o paciente precisa de uma dieta especial para sua condição de saúde. É possível comer da forma correta, sem gastar mais. No entanto, quem não pesquisa para saber como fazer isso, acaba aumentando o gasto de supermercado. É necessária muita atenção para se alimentar da forma adequada sem estourar o orçamento.
Mais um impacto financeiro do diabetes ocorre se o paciente começa a faltar frequentemente no trabalho ou perder produtividade. Quando isso acontece, a empresa pode compreender a situação no início, mas à medida que a condição de saúde se agrava, aumenta o risco de demissão ou encerramento do contrato. Esse tipo de problema está ligado aos custos indiretos da doença.
À medida que se eleva o número de internações ou cirurgias, o tratamento fica mais caro e complexo, por exemplo, na hemodiálise, quando há insuficiência renal. Às vezes, outros familiares precisam reduzir o horário de trabalho ou sair do emprego para cuidar de quem é diabético. Isso implica em menos dinheiro entrando na conta e na chegada de situações mais difíceis.
Quando uma família possui um paciente com doença crônica, todo esse núcleo acaba comprometido. Porém, no caso do diabetes, é possível fazer as adaptações necessárias e levar uma vida normal, sem agravar a condição de saúde nem financeira.
Você pode se prevenir de desenvolver o diabetes tipo 2, inclusive quando está no estágio de pré-diabetes. Basta seguir as orientações médicas. Isso exige mudança tanto do cardápio quanto do estilo de vida. As principais alterações são as seguintes:
A obesidade também facilita o desenvolvimento do diabetes, portanto, manter um peso saudável ajuda a prevenir essa doença. Ao cuidar melhor da saúde, você com certeza terá melhores condições para se manter dentro do orçamento familiar.
Tenha em mente que o impacto financeiro do diabetes não é pequeno, ao contrário, tem potencial para desestruturar muitas famílias. Isso porque o tratamento acaba sendo um verdadeiro fardo. A melhor iniciativa para ter o orçamento sob controle é mantendo a glicemia equilibrada, evitando gastos extras.
E você, como consegue lidar com os desafios financeiros do diabetes? Vá até as nossas redes sociais e compartilhe conosco a maneira que encontrou para equilibrar a saúde e o bolso. Essa não é uma tarefa fácil, então, sua experiência é valiosa para outros pacientes saberem o que podem ou não fazer no dia a dia.