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Mulher com mais de 50 anos está se abanando porque está lidando com o menopausa e diabetes.
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Menopausa e diabetes: Relação delicada e duradoura

O avanço da idade traz maiores desafios para as mulheres, sendo que a combinação menopausa e diabetes é uma prova disso.

Lidar com os sintomas da doença do sangue doce já é desconfortável, e quando a menopausa chega deixa tudo descompensado.

Mas saiba que é possível amenizar essas consequências e passar pela menopausa com menos sofrimento.

Veja como administrar essas duas condições que estão unidas apenas na vida das mulheres.

 

Menopausa pode dificultar o tratamento do diabetes

Menopausa e diabetes acabam se encontrando em determinada fase da vida e essa condição fisiológica afeta inclusive o controle da glicemia. Isso ocorre porque o fim da menstruação reduz bastante a produção tanto de estrógeno quanto progesterona, hormônios fundamentais para a sensibilidade à insulina. Sendo assim, essa alteração impacta diretamente no metabolismo da glicose no organismo feminino. Veja qual é a relação entre menopausa e diabetes.

É comum algumas mulheres dizerem que encontram dificuldades para manter a glicemia sob controle após entrarem nessa fase da vida. E isso pode acontecer já na pré-menopausa. Saiba que qualquer queda hormonal aumenta naturalmente o nível de glicose porque há menor resistência à insulina.

As pacientes em tratamento precisam verificar com o médico o que fazer para adaptar os procedimentos de controle do nível de açúcar no sangue. Por outro lado, aquelas que não têm diagnóstico de diabetes tipo 2 devem manter a atenção. Elas estão sujeitas a desenvolverem a doença devido às alterações hormonais, principalmente se estiverem tiverem as seguintes características:

  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Ser fumante
  • Ter histórico familiar da doença.

Inicialmente, a abordagem do tratamento precisa levar em conta múltiplos fatores. Além de mudar (ou iniciar) a medicação, é essencial analisar a rotina de exercícios, a dieta, o nível de estresse e a frequência de monitoramento da glicemia. Essa última recomendação é importante por causa das oscilações do nível de açúcar no sangue, fato que torna necessário identificar alguns padrões de alta.

Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher, assim como seus efeitos em relação ao diabetes. Mesmo assim, é possível identificar sinais semelhantes que surgem com maior ou menor intensidade. Continue lendo e descubra quais são os mais comuns.

 

Sintomas da menopausa podem se confundir com os do diabetes

Os sinais de que a menstruação vai definitivamente deixar de fazer parte da vida feminina podem surgir antes de isso de fato acontecer. No entanto, também há chance de eles se estenderem por até três anos após os sangramentos sessarem. Abaixo, os sintomas mais frequentes e o impacto com o diabetes.

 

Ondas de calor e suor – São bastante comuns em todas as mulheres, mas as pacientes de diabetes, principalmente do tipo 1, podem confundir esses sintomas com os de hipoglicemia. Para não correr riscos, o ideal é monitorar a glicemia várias vezes ao dia.

Insônia – Dificuldade para dormir também é um incômodo comum nessa fase. Quem não entra em sono profundo corre o risco de ver subir o nível de glicose no sangue e isso se torna perigoso para a saúde. Portanto, dormir bem ajuda a equilibrar a glicemia

Metabolismo alterado – A menopausa também desacelera o metabolismo, mudança que costuma resultar em alguns quilos a mais. Mulheres com dificuldade de manter um peso saudável precisam redobrar a atenção, principalmente no que diz respeito ao tamanho da barriga.

Secura vaginal – É outra característica orgânica desse período. As diabéticas podem ter esse sintoma por causa da redução do fluxo de sangue nos vasos e nas artérias da vagina. Durante a menopausa, o ressecamento pode aumentar, elevando o risco de infecção urinária.

Redução da densidade óssea – É um efeito colateral esperado, pois a menopausa reduz a produção de hormônios importantes para a saúde dos ossos e a formação de colágeno. Trata-se de outra questão que normalmente envolve as diabéticas e se agrava quando elas deixam de menstruar.

 

Menopausa e diabetes é uma relação delicada, porém, existem formas para reduzir suas consequências. A seguir, descubra o que fazer no intuito de passar por essas mudanças com o menor desconforto possível.

 

É possível lidar com essas mudanças sem sofrer tantos transtornos

Tanto para prevenir o diabetes quanto para manter a glicemia sob controle ou, ainda, minimizar os efeitos da menopausa, há algumas estratégias importantes. Verifique na lista abaixo, qual delas você já está seguindo e converse com o médico sobre as adaptações necessárias para controlar sua glicemia.

 

Alimentação equilibrada – Fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis são exemplos do que precisa conter na dieta da paciente. Certos ingredientes ajudam a controlar a glicemia e reduzir os sintomas da menopausa.

Atividade física – Fazer exercícios regularmente é uma prática que incentiva o corpo a produzir hormônios e isso ameniza a perda natural dessas substâncias. Veja com quais atividades você se identifica e sinta a diferença no dia a dia. Pode ser uma simples caminhada, natação ou até musculação.

Rédea curta no estresse – As emoções ficam à flor da pele na menopausa, portanto, aprender técnicas de relaxamento e de meditação reduzem os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Ele afeta diretamente no controle da glicemia, mas você consegue reduzi-lo.

Mantenha-se hidratada – É a orientação mais simples de todas, porém a maioria das mulheres se esquece de pôr em prática. Beber no mínimo dois litros de água por dia reduz as ondas de calor e o ressecamento da pele, por exemplo.

Reduza o consumo de ultraprocessados e gordura saturada – Esses dois tipos de alimentos fazem mal à saúde e apenas acentuam os sintomas tanto do diabetes quanto da menopausa. Além disso, elevam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

 

Tais atitudes são simples de incorporar à rotina e reduzem a chance de mudar o tipo ou a quantidade de medicamento. Tudo o que você conseguir fazer de maneira natural será ainda mais benéfico à saúde. Pense nisso!

 

E a reposição hormonal?

Quando algumas mulheres sentem sintomas muito fortes da menopausa, a reposição hormonal acaba sendo uma opção de tratamento. Apenas o endocrinologista pode definir o melhor caminho a cada paciente, principalmente àquelas que estão em tratamento do diabetes.

Se por um aspecto a reposição hormonal melhora a sensibilidade à insulina, por outro, aumenta o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Qualquer tratamento médico envolve riscos e benefícios. A questão é definir qual desses elementos é maior, levando em consideração que médico e paciente devem decidir juntos o que será feito.

Para as mulheres que entram na menopausa, o diabetes não apenas é considerado uma comorbidade, mas também uma doença que leva a outras enfermidades. Retinopatia, neuropatia diabética e complicações renais são apenas alguns exemplos. Portanto, realizar check-ups com maior frequência se torna ainda mais importante para detectar precocemente qualquer alteração na saúde.

Nunca é demais dizer que fumar e tomar bebida alcoólica continuam sendo um enorme perigo para a diabética. Se menopausa e diabetes formam uma relação naturalmente delicada, certamente não é por meio dessas válvulas de escape que ela ficará melhor. Pense na sua qualidade de vida de hoje e de amanhã. Afinal, ele depende do que você fizer agora.

E aí, quais são seus principais sintomas de menopausa? Como eles têm afetado o tratamento do diabetes e suas providências para minimizá-los? Entre nas nossas redes sociais e compartilhe sua experiência com as mulheres que desejam um alívio nessa fase da vida.