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Hipertensão arterial é fator de risco para diabetes tipo 2

O Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial é bastante relevante porque ele alerta para uma doença subestimada pela população.

Esse problema de saúde começa de forma silenciosa, mata milhões de pessoas por ano, mas é fácil de ser controlado, quando detectado.

Alguns pacientes podem também ter outras doenças, como por exemplo, o diabetes e, nesse caso, é necessário ter ainda mais atenção à saúde.

Descubra com surge a hipertensão arterial e o que fazer a respeito para permanecer bem.

 

Doença crônica afeta a vida de milhões de pessoas no mundo

O Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial alerta para a necessidade de ficar de olho nesse problema de saúde. Ele atinge 35% da população adulta brasileira. A melhor atitude diante dessa realidade, é adotar comportamento preventivo com o objetivo de evitar o surgimento da doença ou controlá-la quando já está presente.

A hipertensão arterial é mais conhecida como pressão alta e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), causa a morte de aproximadamente 10 milhões de pessoas no mundo. Mesmo sendo uma doença crônica, não é transmissível. Os médicos estimam que por volta de 50% dos brasileiros nessa condição ignorem a própria situação.

Essa enfermidade é caracterizada quando a pressão arterial é igual ou superior ao valor de referência 14 x 9. Segundo a Dra. Alexandra Manfredini, biomédica e educadora em diabetes, tal elevação ocorre porque o coração começa a bombear sangue com mais força, tendo em vista passá-lo por artérias mais estreitas em comparação às existentes em um organismo saudável.

“Quanto mais esforço o coração faz, maior é o desgaste dele e a deterioração excessiva causa vários problemas”, explica Alexandra. “Daí surgem o infarte e o derrame cerebral, também conhecido como AVC”, completa a biomédica, que também está à frente do programa Diabetes, eu cuido! Ela ensina seus pacientes a cuidarem melhor da saúde, inclusive quando eles têm pressão alta.

No entanto, um dos maiores problemas está no fato de a hipertensão ser uma doença silenciosa. Mesmo assim, é possível perceber alguns sintomas, entre eles:

  •  Tontura
  • Falta de ar
  • Palpitação cardíaca
  • Dor de cabeça ou na nuca
  • Visão turva ou embaçada.

 

Caso você tenha alguns desses sintomas, descubra a partir de agora, como saber se já está sofrendo de pressão alta e o que fazer a respeito.

 

Hipertensão arterial é facilmente diagnosticada e tratada

A pressão alta tem diferentes causas. Sua origem certamente pode estar ligada à genética, ao comportamento e às condições ambientais ao qual a pessoa está exposta. O dia a dia corrido traz problemas que geram estresse e o organismo sofre as consequências quando a tensão foge do controle. Além disso, maus hábitos como o tabagismo, a falta de exercícios e a alimentação pouco saudável colaboram para o surgimento da doença.

Detectá-la é muito fácil. O médico coloca no braço do paciente aquele aparelho para medir o nível da pressão arterial (esfigmomanômetro) e isso pode ser feito durante as consultas de rotina. Ele também usa o estetoscópio com o objetivo de ouvir a pulsação da artéria e descobrir qual é a “batida” mais forte e a mais fraca, tendo em vista saber qual é a pressão máxima e a mínima, respectivamente. O médico pode pedir um exame de holter, para medi-la durante 24 horas. A pressão ideal é 120mmHg X 80mmHg, mais conhecida como 12 por 8.

Quem está acima desse valor de referência deve ficar ainda mais atento à condição de saúde e mudar urgentemente os hábitos. Veja algumas ações que levam ao controle da pressão arterial.

  • Combate à obesidade
  • Rotina de exercícios físicos
  • Redução do consumo de álcool
  • Diminuição da ingestão de fritura e de gordura
  • Aumento do consumo de frutas e verduras.

 

O sal já é um conhecido vilão dos pacientes de hipertensão arterial. Esse ingrediente era totalmente proibido, mas o médico Drauzio Varela explicou nesse artigo como o tempero pode ser usado por eles com moderação.

Todas essas iniciativas são obrigatórias aos pacientes que sofrem de pressão alta. Quem não tem nenhum problema desse tipo, deve seguir as mesmas orientações porque trata-se de uma iniciativa preventiva e só tem a acrescentar em qualidade de vida às pessoas.

 

Veja o tratamento e a relação da doença com o diabetes

Geralmente, a primeira recomendação médica é combater a hipertensão arterial por meio da mudança de hábitos. Os especialistas só receitam medicamentos se houver desequilíbrio no resultado de outros exames, como por exemplo, de glicemia e de colesterol. Novas avaliações, portanto, podem ser feitas a cada três meses, no intuito de checar o quanto o novo comportamento está reduzindo a pressão.

Caso isso não ocorra, apenas o médico pode tanto prescrever os remédios mais indicados para cada caso, como fazer o acompanhamento do seu quadro clínico. Nunca recorra à automedicação, mesmo que um parente ou amigo tenha o mesmo problema que você.

Quadro agravante
Pessoas com diabetes têm mais chance de desenvolver a hipertensão arterial. De acordo com a Dra. Alexandra, essa condição de saúde faz com que o excesso de açúcar no sangue endureça as artérias e isso leva ao aumento da pressão necessária para fazê-lo circular pelo corpo. “A resistência à insulina, condição de muitos portadores de diabetes tipo 2, resulta numa hiperglicemia levando a um processo inflamatório nos vasos sanguíneos, tornando-os mais rígidos e consequentemente contribuindo para o aumento da pressão sanguínea”, explica a diretora do Diabetes, eu cuido!

Sendo assim, sozinha, a hipertensão já é bastante preocupante. Somada a outras comorbidades, merece ainda mais atenção e disciplina do paciente. Mesmo assim, todos eles reúnem condições de se cuidar ter qualidade de vida no longo prazo.