Aceitar o diagnóstico de Parkinson é difícil, mesmo assim, é possível reduzir os efeitos da doença.
Também dá para tomar algumas providências com o objetivo de evitá-la e tais medidas são muito fáceis de adotar no dia a dia.
Elas estão ao alcance de qualquer pessoa e quanto mais informações você tiver a respeito desse tema, melhor pode ser sua qualidade de vida.
Saiba por que o Parkinson afeta as pessoas, como é diagnosticado e as formas de tratamento.
A Doença de Parkinson ocorre por causa de problemas neurológicos e afeta principalmente pessoas acima dos 60 anos. Não tem cura, piora de forma acentuada no decorrer do tempo, mesmo assim, há tratamentos que podem retardar seu avanço. Descubra de que se trata esse mal e o que fazer para evitá-lo.
Segundo as pesquisas, 1 a cada 100 pessoas acima de 60 anos desenvolve a doença em algum momento da vida. A maioria é formada por homens. A genética pode estar entre suas causas, mas ela ocorre pela morte de neurônios localizados numa região do cérebro conhecida como substância negra.
Tal área é responsável pela produção de dopamina, cuja falta leva aos principais sintomas do Parkinson:
É importante informar o seguinte: quanto mais novo for o paciente, maior será a gravidade da doença. Talvez o exemplo mais nítido dessa realidade seja o caso do ator Michael J. Fox, que está com 60 anos e convive com a doença há exatamente 3 décadas.
Por outro lado, o oposto também é verdadeiro. Pacientes acima de 70 anos sofrem menos com a doença porque ela avança mais lentamente e pode demorar 15 anos para comprometer o dia a dia da pessoa. Fox revelou seu problema de saúde sete anos após o diagnóstico, pois os sinais da doença já eram bastante visíveis.
Mesmo que a cura ainda não tenha sido descoberta, a comunidade científica continua desenvolvendo novos medicamentos para ao menos reduzir o avanço do Parkinson. Dessa forma, os pacientes conseguem aumentar a qualidade de vida durante essa fase tão delicada.
Estatísticas revelam que por volta de 1% da população mundial acima de 65 anos tenha Parkinson. Existem alguns hábitos capazes de evitar essa doença e todos eles são fáceis de inserir no dia a dia porque não exigem sacrifício ou drástica mudança da rotina.
O primeiro passo dessa atitude preventiva pode ser uma caminhada de aproximadamente 30 minutos, ao menos três vezes por semana. Na verdade, não há nenhuma regra quanto à frequência, porém, trata-se apenas de uma sugestão leve para quem é sedentário.
É importante ter em mente que qualquer exercício físico traz benefícios quando realizado sem abuso. Pôr o corpo em movimento oxigena o cérebro, o mantém em atividade e facilita a renovação dos neurônios. É uma das formas de manter o cérebro sadio no longo prazo.
Mais uma estratégia a ser adotada com o objetivo de manter a cabeça boa, consiste em cuidar bem da alimentação. De acordo com a nutricionista Dafny Dinis, o elevado consumo das vitaminas C e E é indicado porque ambas proporcionam um efeito oxidante que desempenha papel na proteção do paciente com mal de Parkinson.
Além disso, uma dieta antiiflamatória é indicada para a prevenção dessa doença degenerativa. Tal cardápio é composto principalmente por alimentos ricos em ômega 3 (sardinha, salmão, semente de linhaça, chia), gorduras boas (azeite, abacate, nozes, amêndoas, castanhas), peixes magros, frutas e verduras.
Muitas das vezes, a suplementação dessas vitaminas também pode ser indicada, sempre com acompanhamento de um profissional. Os alimentos com maior quantidade de vitamina C são:
Os alimentos ricos em vitamina E são:
É interessante incluir alimentos antioxidantes no cardápio, pois tais opções retardam o envelhecimento das células e, assim, diminuem a chance do surgimento de doenças degenerativas. Aveia, peixe e pepino são alguns exemplos de alimentos com essa característica.
Quando a doença de Parkison já está diagnosticada, esses mesmo cuidados com a alimentação (rica em fibras, verduras, frutas e antioxidantes) têm que ser mantidos. Atenção especial deve ser observada, como o aporte de calorias e proteínas na dieta, já que perda de apetite e dificuldade na deglutição são comuns nesses pacientes, o que gera severo emagrecimento e sarcopenia (perda de músculos), que podem agravar o quadro da doença.
Descubra agora como o Parkinson é detectado.
Até hoje, ainda não existem exames específicos para detectar o Parkinson e o diagnóstico só pode ser feito pelo médico. Quem cuida desse tipo de doença é o neurologista. Ele faz testes clínicos, estuda com detalhes o histórico do paciente e analisa se os problemas físicos são mesmo causados por essa doença.
A Associação Brasil Parkinson é uma entidade sem fins lucrativos que fornece apoio e informação aos pacientes e familiares. O site da instituição informa que alguns exames podem ser feitos para excluir demais doenças no cérebro. Veja quais são os principais:
Existem doenças que apresentam sintomas parecidos com os do Parkinson, por isso o diagnóstico é complexo. Uma delas é o Tremor Essencial. Trata-se de um mal que causa agitação das mãos enquanto a pessoa está em movimento e diminui quando ela fica em repouso. Exatamente o oposto do quadro visto no Parkinson.
Situação semelhante, eventualmente, pode ocorrer em relação ao Alzheimer, que confunde-se com outros problemas neurológicos.
O Parkinson ainda se manifesta de formas atípicas que precisam ser observadas com atenção, porque exigem tratamentos diferentes. Cada caso é um caso. Por isso, os exames complementares são tão importantes.
Mais uma vez, como sempre ocorre nos casos de saúde, o diagnóstico faz a diferença porque auxilia no tratamento. Até mesmo no caso do Parkinson, que é incurável, os médicos conseguem receitar remédios que amenizem os sintomas e aumentem a qualidade de vida do paciente.
Veja como é o tratamento de quem está passando por esse problema e o que fazer a fim de ajudar tais pessoas.
O primeiro passo dado pelo médico, após o diagnóstico, é receitar remédios para ver como o paciente responde ao tratamento. Medicamentos específicos agem aumentando a produção de dopamina e de outros neurotransmissores, sempre tendo em vista reduzir os efeitos da doença. Antidepressivos podem servir como recurso voltado aos cuidados com a condição mental de quem tem Parkinson.
Exercícios físicos e terapia ocupacional também entram como estratégias para cuidar do corpo e da cabeça do paciente. Enquanto a primeira prática traz força e equilíbrio no dia a dia, a segunda faz com que ele tenha uma atividade à qual se dedicar durante um tempo e, dessa forma, manter o cérebro trabalhando. Sendo assim, manter esse órgão em funcionamento ajuda bastante no controle da doença.
A fisioterapia é um trabalho ainda mais específico que proporciona conservação da qualidade de vida pelo maior tempo possível. Com força, coordenação e extensão de movimentos, a pessoa se mantém independente e aos poucos reduz a chance de cair e se machucar. A periodicidade da fisioterapia costuma ser de duas vezes por semana, mas não é raro que as sessões ocorram diariamente.
A cirurgia é uma alternativa adotada quando o tratamento não traz resultados animadores ou o paciente já está em estágios mais avançados da doença. Essa é uma intervenção chamada Estimulação Cerebral Profunda e tal procedimento inclui a implantação de eletrodos no cérebro, tendo em vista simplesmente reduzir os sintomas que estão bastante acentuados e portanto precisam ser controlados.
Quem tem Parkinson começa a sofrer várias limitações, mesmo assim, não apenas é possível minimizar os efeitos da doença, como também manter a esperança na criação de medicamentos cada vez mais eficazes. Ainda que a cura não tenha sido descoberta, há de acreditarmos no contínuo avanço da doença.