Quem está acostumado a recorrer à automedicação para aliviar algum sintoma que aparece pode estar se expondo a problemas de saúde ainda maiores.
O médico é o único profissional habilitado para prescrever remédios destinados ao tratamento de doenças. Não tome medicamentos por indicação de amigos ou parentes.
No caso do tratamento do diabetes, essa orientação é ainda mais crucial. Mesmo que você esteja familiarizado com o medicamento, siga a indicação de dosagem recomendada pelo especialista.
Descubra os riscos da automedicação para pacientes diabéticos.
A automedicação representa um risco para a saúde de qualquer pessoa, mas é particularmente perigosa para portadores de diabetes. Eles precisam de tratamento específico para essa condição e, frequentemente, de cuidados individualizados que devem ser rigorosamente seguidos para prevenir complicações. Entenda por que esses pacientes devem abandonar a ideia de se automedicar.
O diabetes, por si só, é uma condição metabólica complexa e única. Essa enfermidade está ligada à regulação inadequada dos níveis de açúcar no sangue, e para ajustar esses níveis, é necessário modificar a dieta, praticar exercícios físicos e, às vezes, usar medicamentos, inclusive insulina.
Vários fatores tornam a automedicação uma escolha extremamente arriscada. O primeiro é a dosagem inadequada em relação ao quadro clínico da pessoa. Leve em consideração que o paciente já possui desequilíbrio na produção de insulina em condições normais. Portanto, a dosagem incorreta de medicamentos pode resultar em hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) ou hipoglicemia (baixo nível de açúcar).
Essas reações podem ser ainda mais perigosas quando se trata de insulina propriamente dita. Aqueles que mantêm níveis elevados dessa substância no corpo aumentam o risco de complicações a longo prazo, como doenças cardíacas, renais e problemas nos nervos.
Por outro lado, a falta de açúcar no sangue causada pelo excesso de insulina resulta em sudorese, tremores, tontura, confusão mental e até desmaios. A hipoglicemia é tão grave que pode levar à morte.
Há outras complicações provenientes do hábito de se medicar por conta própria, e continuaremos abordando esse assunto logo a seguir.
A interação entre medicamentos é outro problema comum na vida dos diabéticos. Os pacientes frequentemente precisam tomar vários medicamentos para controlar outras condições de saúde, incluindo hipertensão, colesterol alto e doenças cardíacas.
Esse quadro clínico exige uma combinação cuidadosa de medicamentos, e somente os médicos estão qualificados para determinar a dosagem e a frequência corretas de cada medicamento. Quem se aventura a fazer isso por conta própria não apenas reduz a eficácia dos remédios, mas também coloca sua própria segurança em risco.
Há mais problemas decorrentes da automedicação. Ela pode levar a doenças crônicas nos olhos, como a retinopatia, que se desenvolve a partir dos altos níveis de açúcar no sangue. No longo prazo, essa mesma condição reduz a sensibilidade dos nervos, especialmente nas extremidades do corpo, o que faz com que a pessoa não perceba cortes ou feridas nos pés. Isso é muito sério para quem possui diabetes.
Nunca é demais afirmar que a automedicação é um hábito prejudicial que todas as pessoas devem evitar. Para os diabéticos, essa orientação é ainda mais crucial, devido às razões que acabou de conhecer. Mudanças no corpo, bem como na eficácia de outros medicamentos, são normais nesse caso. Portanto, deixe para os médicos decidirem as dosagens e frequências que garantem a eficácia do tratamento.
Lembre-se: apenas o acompanhamento médico e a obediência às suas orientações garantem o sucesso do tratamento. Portadores de diabetes já convivem com um risco controlado. Sendo assim, a automedicação só aumenta essa ameaça.