Você chegou à fase adulta, entretanto, continua em dia com seu calendário de vacinação, ou seja, precisa tomar vacina? Elas são bastante necessárias no decorrer de toda sua vida e nem estamos nos referindo à Covid-19.
Existe uma série de imunizantes que precisam ser aplicados, sempre com o objetivo de garantir a proteção do organismo, aumentar a imunidade e assim manter a qualidade de vida.
Converse com seu médico e veja se você precisa tomar vacina pela primeira vez ou atualizar.
Os portadores de diabetes não têm nenhuma contraindicação a respeito da aplicação dos imunizantes, mas para tais pacientes, eles são ainda mais importantes.
Há outro ponto a ser observado de forma geral. O aumento da expectativa de vida, aliado aos avanços tecnológicos e da medicina, levam ao aumento do número de pessoas com doenças crônicas.
Isso faz com que a imunização seja ainda mais importante na redução tanto da morbidade, quanto da mortalidade desse grupo. É necessário olhar a vacinação com uma abordagem que vá além do calendário básico, pois muitas doenças crônicas aumentam o risco para infecções que podem ser prevenidas ao tomar vacina, evitando-se também uma descompensação da doença principal.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), oferece aos portadores de doenças crônicas e seus conviventes o acesso à imunização.
A imunização de pessoas com doenças crônicas é tema complexo, com diferentes recomendações entre os diversos protocolos. Por isso, requer atualização e incorporação constante de novos conhecimentos.
Veja a partir de agora porque é importante tomar vacina na época certa e quais são as principais.
Infelizmente, a grande maioria dos portadores de Diabetes não sabe que há um calendário de vacinação específico para eles. Ele foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Os portadores de diabetes podem tomar vacina, qualquer uma, sem contraindicação por causa da doença. É fundamental falar com o médico sobre essa necessidade e permanecer em dia com os imunizantes.
Se uma pessoa saudável já pode pegar doenças infecciosas, quem trata o diabetes tem maior risco de contrair infecção, inclusive as doenças pneumocócicas. Também cresce entre esses pacientes a chance de surgirem sérias complicações vindas da influenza, sendo assim, é indicada atenção especial à agenda de vacinação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, não existem registros na literatura médica, que contraindiquem a vacinação quando o nível de glicemia está alterado. Também não há cortes glicêmicos que impeçam sua aplicação. Apesar disso, a entidade reforça a importância de manter o controle do nível glicêmico.
A única atenção diz respeito às indicações de acordo com a faixa etária de cada vacina. Quando surgem epidemias, os médicos ficam atentos às recomendações dos órgãos competentes: as secretarias de saúde e o próprio Ministério da Saúde. São eles que direcionam o melhor caminho a ser seguido.
Também é interessante consultar um especialista de confiança, caso ainda permaneçam dúvidas do que deve ser feito em circunstâncias excepcionais. Isso porque, quando a situação exige, os protocolos habituais podem ser modificados, tendo em vista conter rápido a disseminação da doença.
O diabetes está entre as comorbidades mais comuns em adultos com Doença Invasiva Pneumocócica (DIP). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DIP é a principal causa de morte previnível pela vacinação. Portanto, as vacinas pneumocócicas são muito importantes para prevenir a DIP entre os portadores de diabetes.
Tomar vacina é importante em todas as faixas etárias. Veja qual imunização você precisa fazer e converse com seu médico sobre esse assunto.
Existem hoje três tipos de vacinas pneumocócicas.
Todas as crianças com mais de 6 meses precisam tomar, sendo portadoras de diabetes ou não. Essa vacina reduziu em 54% o número de hospitalizações entre quem sofre de diabetes e em 58% a taxa de mortalidade.
Patologias como diabetes merecem atenção muito especial no caso de contágio com o vírus H1N1. Para os portadores de diabetes, por exemplo, pode ocorrer a diminuição da defesa do organismo, o que facilita o risco de infecções em geral, inclusive da gripe H1N1. O diabético contaminado pelo vírus H1N1 tende a sofrer elevação relevante da glicemia. Neste momento, é imprescindível que o paciente faça a monitorização da glicemia várias vezes ao dia e receba acompanhamento médico.
Com a chegada do clima mais frio, o número de pessoas com problemas respiratórios historicamente cresce. O vírus causador da gripe pode causar inflamação nos pulmões (pneumonite viral) e o desenvolvimento de outras pneumonias, provocadas por bactérias.
As complicações mais comuns são:
A vacina tríplice acelular (DPaT) é constituída de antígenos protetores contra a difteria, coqueluche e tétano. Todos os adultos que não sabem se estão com a vacinação em dia, precisam providenciar a aplicação desses imunizantes.
E o esquema dela é de 10 em 10 anos.
A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) ajuda a proteger contra a infecção pelas cepas de HPV. A vacina do HPV é a única que protege contra tipos de câncer, dentro delas estão na proteção:
Esses distúrbios são causados pelo papilomavírus humano, que também causa verrugas genitais ou seja, a vacina também protege contra verrugas genitais.
A vacina está disponível a partir de 9 anos de idade. E podem tomar homens e mulheres.
A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde.
A vacina também pode ser tomada por pessoas com idades superiores, entretanto, são apenas disponibilizadas em clínicas de vacinação particulares. Ela está indicada para:
A vacina pode ser tomada mesmo por pessoas que fazem tratamento ou já tiveram infecção pelo HPV, pois ela pode proteger contra outros tipos de vírus HPV, e prevenir a formação de novas verrugas genitais e consequentemente o risco de ter câncer.
A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (vacina tríplice viral) é uma combinação de vírus vivos atenuados. Todos os três componentes desta vacina obrigatória são altamente imunogênicos e eficazes, dando imunidade duradoura por praticamente toda a vida. A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação. A indicação da vacina é que todos tomem a vacina a partir de 12 meses de idade.
A vacina é recomendada para crianças a partir de 12 meses. Caso aconteça situações de surto, a vacinação também poderá ser administrada em crianças menores, a partir de 9 meses. Todas as pessoas que não tiveram a doença ou que não sabem se tomou devem ser vacinados.
Essa doença não causa grandes males e na maioria das vezes é assintomática, quando contraída na infância. Bem diferente do que ocorre na fase adulta. Quanto mais idade a pessoa tem ao ser contaminada, maior é o risco de a doença ser grave e até fulminante.
A vacina deve ser dada em duas doses, com o intervalo mínimo de 6 meses entre elas. Tal vacina não é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, a pessoa deve fazer o teste de sorologia igG para hepatite A). Se o resultado for positivo, a pessoa está imune. A vacina esta disponível na rede Privada.
Todas as pessoas, sem exceção, devem tomar a vacina para hepatite B. Inclusive quem tem doença renal crônica e hepatopatias. Essa recomendação é feita, porque a hepatite B pode se tornar crônica e sua evolução causa cirrose e hepatocarcinoma.
A vacina também deve ser tomada por quem tem contato com pacientes crônicos de hepatite B. Esquema vacinal são 3 doses, com intervalo mínimo de 1 mês para a segunda dose, e de 6 meses entre a primeira e a terceira dose.
A meningite pode ser causada por diferentes micro-organismos e, por isso, existem vacinas que ajudam a prevenir a meningite meningocócica causada por Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, B, C, W-135 e Y, meningite pneumocócica causada por S.pneumoniae e meningite Haemophilus influenzae tipo b.
Principais vacinas contra a meningite
Para combater os diferentes tipos de meningite, são indicadas as seguintes vacinas:
Vacina meningocócica C
A vacina adsorvida meningocócica C é indicada para imunização ativa de crianças a partir de 2 meses de idade, adolescentes e adultos para a prevenção da meningite causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
Vacina meningocócica ACWY
Esta vacina é indicada para a imunização ativa de crianças a partir de 2 meses de idade ou adultos contra doenças meningocócicas invasivas causadas por Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W-135 e Y.
Vacina meningocócica B
A vacina meningocócica B é indicada para auxiliar na proteção de crianças com idade superior a 2 meses e adultos até aos 50 anos de idade, contra a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis do grupo B, como a meningite e a sepse.
Vacina contra herpes-zóster
Uma única dose é o suficiente para evitar a herpes-zóster e ela é dada em adultos com mais de 60 anos, tendo ou não contraído essa doença ao longo da vida. Ela não é indicada a quem faz tratamento de neuralgia pós-herpética ou para episódio agudo de herpes-zóster. Essa vacina ajuda a fortalecer o sistema imune.
O texto acima foi feito com base na seguinte obra: Diretrizes
– Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
– Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM).