Uma boa noite de sono traz bem mais benefícios do que você imagina.
Ela pode prevenir algumas doenças, como o diabetes, ajudar na recuperação da saúde e até melhorar sua memória.
Até existem alguns hábitos que você pode incorporar na sua rotina, com o objetivo de se deitar e dormir como um bebê.
Veja, a partir de agora, o que você pode fazer para conseguir descansar a noite inteira, quais distúrbios existem nesse processo e o que fazer a respeito para acabar com eles.
O sono é um estado de consciência em que a pessoa tem pouca percepção do que acontece ao seu redor e tal condição é facilmente revertida, diferente do que ocorre em relação ao coma e à hibernação. A função dele consiste em recuperar as energias perdidas com atividades físicas e mentais realizadas durante o dia.
Uma boa noite de sono é o primeiro passo para ter o dia cheio de disposição. Ele também aumenta a produção de hormônios, ajuda na fixação do que foi aprendido durante o dia e reduz o nível de ansiedade. A imunidade fica mais elevada, por isso o sono é importante nos processos de recuperação da saúde.
Outra relevante característica do sono, é a capacidade que ele tem de aumentar a sensação de saciedade. Estudos na área de endocrinologia revelam que quem dorme pouco, tem mais chance de ficar obeso. Isso pode ocorrer, já que o desequilíbrio dos hormônios de saciedade resulta em maior vontade de comer.
Noites mal dormidas elevam os níveis de colesterol. A falta de sono também aumenta a insulina de jejum, por causa da baixa produção dessa substância em tais condições. O período de descanso é primordial e previne o surgimento do diabetes.
Se o repouso profundo é tão relevante em circunstâncias normais de saúde, ele ganha ainda mais peso em relação ao portador de doenças metabólicas como, por exemplo, o diabetes mellitus. O organismo desse paciente já tem dificuldade para produzir insulina e tal deficiência piora com poucas horas de sono.
O resultado disso é o elevado nível de glicose no sangue. Caso a pessoa deixe de controlar o nível de açúcar no organismo, surgirão problemas nos vasos sanguíneos, nos nervos e nos órgãos. Resumindo, todo o corpo começa a ficar comprometido.
Quem nunca passou o dia meio grogue, em câmera lenta, por ter dormido pouco? A sensação parece com a de uma leve embriaguez e prejudica a coordenação motora, a capacidade de raciocínio e, no longo prazo, pode levar a certas doenças.
O sono é comandado pelo relógio biológico, que está programado para funcionar no ciclo de 24 horas. Há uma questão genética no processo, mas não é só isso. Fatores externos como vida social, hábitos enraizados e o tipo de colchão fazem a diferença quando o assunto é como dormir bem.
O primeiro passo para chegar lá, começa bem antes de você ir para a cama. O cérebro passa a produzir a melatonina e isso se inicia quando o sol se põe. Trata-se de um aviso natural que o organismo recebe para se preparar para dormir. A temperatura corporal cai em torno de 2ºC e a pressão arterial também cede. É algo lento e natural.
Após ir para a cama, o processo de adormecimento dura em torno de 15 minutos. A respiração fica leve e o cérebro, mais lento. É uma área intermediária entre estar acordado e dormindo. Depois, o ritmo cardíaco cerebral fica ainda menor e começa de fato o sono.
Esse caminho continua até chegar o sono profundo, quando inicia a fase em que o corpo repõe as energias gastas enquanto estava acordado. Nesse estágio são liberados vários tipos de hormônios e tem início o processo de recuperação das células e dos órgãos.
Os sonhos começam logo adiante. Ao mesmo tempo, o cérebro elimina informações desnecessárias e retém as importantes. Tudo é feito com eficiência porque o corpo é a máquina mais perfeita que existe. Nosso papel consiste em fazer com que ela continue funcionando bem. Depois dos sonhos, começa o processo que leva a pessoa a acordar.
O número de horas que é necessário dormir, para que o sono cumpra sua função no organismo, varia para cada pessoa. Estudos revelam que entre 7h e 9h são suficientes. Mesmo assim, há quem fique bem com apenas 6h e quem precise de 12h para repor as energias. Sendo assim, veja qual é o seu caso e se planeje para dormir o quanto precisa.
Alterações de longo prazo nesse ritmo começam a ser sentidas pelo corpo e a trazer problemas. Caso isso esteja ocorrendo com você, procure logo um médico e explique o que está acontecendo no seu dia a dia. Observe quantas horas consegue dormir, se acorda várias vezes à noite e se há dificuldade para pegar no sono.
Existem mais de 80 tipos de distúrbios do sono e há exames específicos para detectá-los. Veja os exemplos dos principais problemas nessa área.
O sono é necessário e deve ser desfrutado por todas as pessoas. Qualquer alteração contínua nesse ciclo, deve ser observada com atenção. Ele ajuda não apenas a conservar a saúde, mas também a restabelecê-la quando se inicia o tratamento médico.
Em condições normais, você pode fazer a sua parte sozinho, sem ajuda médica.
Veja quais providências tomar para garantir boas noites de sono. Adote esses hábitos com o objetivo de preparar o seu cérebro para que você tenha boas noites de sono.
Siga as orientações acima e, se mesmo assim não conseguir acordar bem por causa da insônia, procure um médico.
Dormir não é perda de tempo, ao contrário, é vital para que você se mantenha bem, não só durante o dia, mas por vários anos.
Este texto foi baseado em um artigo do doutor Washington Pereta Tavares, neurologista e professor assistente de Neurologia da Universidade de Taubaté.