HIV e diabetes são doenças incuráveis que, quando estão juntas no organismo da pessoa, exigem ainda mais cuidados diários.
Mesmo assim, é possível manter a qualidade e a expectativa de vida, pois ambos os diagnósticos não significam sentenças de morte.
O tratamento de uma doença interfere no controle da outra e apenas os médicos podem dizer com administrar esse quadro de saúde.
Descubra como o HIV e diabetes influenciam no tratamento.
HIV e diabetes são doenças que precisam de tratamento contínuo e o remédio de uma interfere no controle da outra. Só o acompanhamento dos especialistas de cada área ajuda o paciente a equilibrar os efeitos dos diferentes medicamentos e a manter a qualidade de vida. Veja qual a relação entre esses dois problemas de saúde.
Nas últimas décadas, o desenvolvimento de drogas mais avançadas aumentou não só a expectativa, como também a qualidade de vida de quem tem HIV. O avanço no tratamento foi bastante significativo. A evolução dos antirretrovirais, cujo objetivo é impedir a replicação do vírus e dessa forma atrasar ou evitar o surgimento da Aids, salvou muitas vidas.
É importante informar o seguinte: nem todo paciente com diagnóstico positivo para HIV, tem Aids. É a multiplicação do vírus que leva a essa doença. Porém, o conjunto de remédios que ajuda a controlar a carga viral também causa vários efeitos colaterais. Quem faz o tratamento precisa se adaptar à reação gerada, que é diferente em cada organismo.
A principais consequências no curto prazo são: náuseas, vômitos, diarreias, bolhas ou alterações da cor da pele. No decorrer do tempo podem surgir problemas no funcionamento dos rins, do fígado e até da atividade cerebral. Uma das complicações do tratamento de HIV é o aumento do nível de colesterol e essa mudança está diretamente ligada ao diabetes.
Há outros agravantes. Médicos informam que o próprio vírus já eleva o risco de diabetes por causa da condição inflamatória do corpo e, além disso, os remédios ministrados interferem na circulação da glicose pelo corpo. O quadro geral é mais sério para quem está acima do peso e exige rápida mudança de comportamento.
Veja outras implicações do HIV em relação ao risco e controle do diabetes.
Como o soropositivo têm maior chance de desenvolver diabetes, ele deve seguir ainda mais à risca as orientações preventivas para essa doença. A alimentação adequada se torna importantíssima diante dessa situação clínica e, quando há condições, a atividade física deve ser feita com regularidade. Todo o esforço para se manter bem, certamente leva à conservação da qualidade de vida.
Medicamentos para o tratamento de HIV mudam o metabolismo da glicose no corpo e, em certos casos, após a ingestão dos comprimidos, o nível de glicemia sobe. Um dos estudos com diferentes drogas realizado nos Estados Unidos chegou à conclusão de que um medicamento específico eleva, inicialmente, em 22% a chance de desenvolver diabetes.
Sendo assim, o paciente de HIV precisa ficar atento à reação do corpo porque a possibilidade de desenvolver diabetes é real. Já quem tem diabetes e contrai HIV, deve seguir todos as recomendações médicas porque a nova condição de saúde se torna muito mais propícia à glicose descompensada.
Descubra como se prevenir para evitar o HIV.
Já faz 40 anos que o primeiro caso de Aids foi registrado no Brasil e ainda há muita confusão e preconceito sobre o tema. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o panorama atual é bem diferente do existente na década de 1980. Naquela época, o diagnóstico de soropositivo era visto como sentença de morte, pois ainda não havia medicamentos eficazes para combater a doença.
Há muito tempo, quem tem HIV pode viver anos sem desenvolver a Aids. Quer exemplos? O jogador americano de basquete Magic Johnson revelou em 1991 que havia contraído o vírus e permanece saudável até hoje. O ator Charlie Sheen, da série Two and a Half men descobriu o diagnóstico em 2011 e está em tratamento. Existem muitos soropositivos que levam uma vida normal.
De acordo com o doutor Jairo Bouer, ao abordar o tema em sua coluna no UOL, para ocorrer a transmissão do HIV, é preciso que o vírus entre na corrente sanguínea. Caso não haja ferida na pele, “o simples contato com sangue ou fluidos contaminados não é suficiente para contrair o vírus”. Mesmo assim, ninguém deve abrir mão da prevenção, muito menos se colocar em risco, porque acha que não vai acontecer nada errado. Veja as principais formas de contágio:
Por outro lado, ninguém pega HIV em contato com a pele (suor) ou a saliva de quem tem o vírus. Urina, fezes e vômito também não o transmitem. É importante tomar cuidado, mesmo assim, sem exageros que demonstrem ignorância em relação ao tema. Prevenção não tem nada a ver com preconceito.
Alimentação saudável, prática regular de exercícios e noites de sono bem dormidas são as principais rotinas que qualquer pessoa deve seguir para evitar o surgimento do diabetes. Os vícios do fumo e do álcool são agravantes que levam mais facilmente à doença.
Diferente do que acontece em relação ao HIV, cuja contaminação ocorre de repente, o diabetes tipo 2 vem aos poucos e o corpo dá sinais de que há algo errado. Existe um estágio da doença que é conhecido pré-diabetes e quem faz exames periódicos pode detectá-lo.
Já o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, pois o organismo da pessoa não produz insulina na quantidade necessária para manter o corpo saudável. Entre 5% e 10% dos portadores de diabetes se encaixam nesse quadro. Além das recomendações dadas a quem possui o tipo 1 da enfermidade, o paciente precisa tomar diariamente injeções de insulina.
É possível evitar o primeiro diagnóstico porque tal versão da doença está ligada ao estilo de vida da pessoa, apesar de também existir causa genética. Sendo assim, não descuide da saúde, faça exames preventivos e mantenha uma rotina saudável.