Em 14 de novembro é comemorado o “Dia Mundial de Combate ao Diabetes” e o tema deste ano é: “Diabetes: uma doença invisível”.
A escolha é perfeita porque mostra o quanto essa doença ainda é muito perigosa.
Em primeiro lugar, porque existem no mundo todo 463 milhões de adultos portadores dessa doença. Isso representa 9,3% da população adulta da Terra e o pior é que metade dela não foi diagnosticada.
Os dados são da edição mais recente do Atlas de Diabetes, publicado em 2019 pela Federação Internacional de Diabetes.
E a situação no Brasil não é diferente. Por aqui, existem 13,95 milhões de pessoas nessa condição.
Como não existe cura para o diabetes, apenas tratamento, a melhor forma de lidar com ele é por meio da informação.
Antes de mais nada, é preciso saber se você tem diabetes e de qual tipo. Fugir do diagnóstico só vai trazer mais problemas.
O diálogo com amigos e familiares ajuda bastante porque as pessoas mais próximas podem dar o apoio necessário nesse momento tão delicado.
Essa é uma das formas mais básicas de controle e de disseminação de informações sobre a doença.
E aí vem outra parte importante: o conhecimento sobre tudo o que envolve o diabetes. Ele é perigoso, pode matar, mas existem vários mitos que só atrapalham quem está tentando entender o que é melhor para cuidar da saúde.
Esses mitos vão desde alimentos que prometem curar a doença, até a automedicação baseada nas informações de pessoas próximas e convivem com o diabetes. A Campanha do Dia Mundial do Diabetes esclarece tudo isso.
Também é importante falar que muitas pessoas, mesmo após o diagnóstico, não se esforçam para controlar o nível de glicemia. Tal comportamento é causado, na maioria das vezes, pelo fato de a glicemia elevada não manifestar sintomas perceptíveis.
A educação em diabetes é o primeiro passo para o autocontrole e o autocuidado. O portador de diabetes é o ator principal no tratamento da doença, porém é necessário que ele tenha uma equipe que o auxilie nesse processo.
Isso é feito por meio de um programa que envolve o conhecimento do tipo de diabetes que a pessoa apresenta, as informações sobre como a doença se manifesta e suas complicações. Também há conhecimento a respeito do impacto dos alimentos na glicemia, a reorganização da dieta e até da inclusão da rotina de exercícios.
Claro que é algo que dá um pouco de trabalho, mas é a única forma de manter a qualidade de vida.
O portador de diabetes pode e deve levar uma vida normal. É verdade que existem certas restrições, mas o dia a dia continua o mesmo, só com algumas adaptações.
Para facilitar a vida dessas pessoas, entretanto, nós desenvolvemos há vários anos um programa que fornece conhecimento multidisciplinar a respeito do assunto.
Ele envolve a participação de nutricionistas, psicólogos, médicos, podólogos, biomédicos, enfermeiros, culinaristas, professores de educação física e vários profissionais que têm muito a oferecer.
A educação é o caminho mais indicado para melhorar a vida. Em relação ao diabetes, tal verdade continua válida, pois com muito conhecimento do assunto, qualquer pessoa pode controlá-lo.
Apenas a informação certa vai conseguir afastar os medos que tanto rondam os pacientes. Milhares deles já passaram por essa fase e agora estão felizes porque descobriram como controlar a saúde.
Com toda a certeza, o diabetes é uma doença invisível só até ser descoberta. Depois disso, ela oferece perigo apenas a quem se nega a vê-la claramente e a fazer o tratamento com disciplina.Descobrir que tem diabetes não significa o fim do mundo. E sim a chance de começar a se cuidar.