Rotulagem nutricional entra em vigor em outubro

Rotulagem nutricional é mais uma ferramenta para você cuidar melhor da saúde.

A informação que aparece na embalagem dos produtos que você compra no mercado, faz toda a diferença na hora de decidir o que vai ou não para o carrinho.

Muito em breve, será possível saber ainda mais sobre o que come e dá para sua família.

Descubra quais são as principais mudanças que já têm data para chegar e porque é preciso prestar atenção nelas.

Mudanças no rótulo dão mais poder ao consumidor

Rotulagem nutricional diz respeito à nova regra criada para as pessoas verem com destaque quais são as substâncias acrescentadas nos alimentos. A exigência também indica como deve ser o design do rótulo. Essa determinação entra em vigor no dia 9 de outubro de 2002 e trará benefícios ao consumidor.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável por regulamentar a Rotulagem Nutricional Obrigatória (RNO) adotada no Brasil. O objetivo do país com essas mudanças é ajudar a população a reduzir os níveis de sobrepeso, obesidade e doenças adquiridas por causa da alimentação pouco saudável.

Em primeiro lugar, o objetivo da alteração é fazer com que as pessoas vejam os dados do rótulo da maneira mais clara possível. As cores da embalagem não podem mais atrapalhar a leitura, sendo assim, torna-se obrigatório que as letras da tabela sejam sempre pretas, escritas no fundo branco.

É obrigatório que a embalagem tenha certos dados. O fabricante vai informar as quantidades dos seguintes itens, a cada 100 g ou 100 ml do alimento:

• Açúcares totais
• Açucares adicionados
• Gorduras saturadas
• Valor energético
• Nutrientes
• Sódio
• Número de porções.

Outra regra impõe que essa tabela precisa estar impressa próxima à lista de ingredientes. O local deve ser uma área contínua, ou seja, sem nenhuma divisão, como por exemplo, começando na frente e terminando no verso da embalagem. Tal parte também não pode ser encoberta, nem deformada ou difícil de achar.

A exceção fica por conta de embalagens pequenas, em que o tamanho do rótulo precisa ser inferior a 100 cm2.
Todas essas regras são feitas para as pessoas terem o acesso mais facilitado a respeito do que é colocado nos alimentos. Cabe à população criar o hábito não apenas de ler o rótulo, mas também se informar sobre as substâncias que prejudicam a saúde.

Rotulagem nutricional ajuda as pessoas a cuidarem da saúde

A nova regra ainda estipula que tais informações devem estar na parte da frente da embalagem, na área superior dela, destacadas por meio da inclusão do desenho de uma lupa. Saiba quais dados serão disponibilizados com maior visibilidade:

• Alto nível de açúcar adicionado, quando houver no mínimo 15 gramas desse item a cada 100 gramas de alimento sólido ou semissólido. O alerta para líquidos será feito quando existir a partir de 7,5 gramas de açúcar para cada 100 mililitros
• Elevada quantidade de gordura saturada será apontada se o alimento sólido ou semissólido tiver ao menos 6 gramas a cada 100 gramas do produto. No caso das bebidas, o destaque será dado se for acrescentado no mínimo 3 gramas em 100 mililitros
• Excesso de sódio será informado sempre que alimentos sólidos e semissólidos contiverem no mínimo 600 miligramas a cada 100 gramas. No caso dos líquidos, 300 miligramas por 100 mililitros é a menor quantidade que já precisa ser informada ao consumidor.

Reduzir a incidência de problemas de saúde causados pela alimentação de baixa qualidade está entre os maiores desafios de qualquer país. É importante ressaltar que esse mal não está ligado só à carência de comida, mas também ao consumo excessivo de produtos contendo elevados níveis de substâncias prejudiciais ao organismo.

De acordo com a educadora em diabetes e diretora do programa Diabetes, eu cuido!, a doutora Alexandra Manfredini, a partir do momento em que a população passa a ter acesso às informações que dizem respeito ao que foi usado (e em qual quantidade) na produção dos alimentos, ela pode escolher melhor o que vai comer. “Fique atento às novas embalagens, leia tudo e evite os alimentos que podem causar mal à saúde. Pense a médio e longo prazos. Dessa maneira, podemos combater o crescimento do número de pacientes, que sobe a cada ano, como o de diabetes e hipertensão arterial”, afirma Alexandra.

Fique de olho no rótulo.