O País se destaca com o elevado número de óbitos causados pelo diabetes não diagnosticado.
Essa doença é silenciosa, provoca problemas em várias partes do corpo e tem um desfecho que poderia ser evitado.
Mas a origem real dessa triste realidade não está na ausência do exame, mas na forma de pensar de muitas pessoas.
Veja agora mesmo se você se encaixa no perfil delas e também tem chance de ir embora de surpresa e mais cedo do que imagina.
Diabetes não diagnosticado é um problema de saúde muito sério e está se agravando. De acordo com o Fórum Internacional para Combate às Doenças Crônicas não Transmissíveis, o Brasil ocupa atualmente o segundo lugar no ranking mundial do número de mortes que ocorrem por causa do diabetes tipo 1 não diagnosticado.
Quem deu essa informação foi o presidente do Fórum, Mark Barone, durante um evento especial realizado no ano passado na Câmara dos Deputados. Na ocasião, vários especialistas na área de diabetes se reuniram para debater sobre as implicações da doença. Veja a reportagem na íntegra, pois é importante enfrentar essa preocupante realidade.
As pessoas que desconhecem o diagnóstico de diabetes têm muito mais chance de desenvolver outros problemas de saúde. Isso acontece porque, sem realizar o tratamento necessário, o paciente permite que o excesso de glicose no sangue afete silenciosamente o organismo. Olhos, artérias e sistema vascular são as partes do corpo mais comprometidas no longo prazo.
Uma das principais causas desse mal é a falta de conscientização da população em geral. Ela precisa ser informada frequentemente a respeito dos riscos à saúde, principalmente os ocultos. Como nas fases iniciais o diabetes não tem sintomas, as pessoas não mudam os hábitos e acabam se transformando, infelizmente, em uma bomba-relógio.
Especialistas informam que os primeiros sinais de que existe algo errado com o corpo começam a surgir entre 3 e 10 anos. Na opinião de Alexandra Manfredini, criadora e diretora do programa Diabetes, eu cuido, só consegue controlar a condição de saúde quem faz exames preventivos. “Sem o diagnóstico confirmado, ninguém muda os hábitos para se cuidar”, declara Alexandra.
Veja por que algumas pessoas costumam evitar a realização de exames preventivos e qual é a consequência desse comportamento.
Sabe aquele famoso ditado? Quem procura, acha. Ele é a desculpa número 1 para deixar de realizar exames preventivos. Muitas pessoas que não estão sentindo nenhuma dor ou desconforto acreditam que se fizerem um checkup, vão arrumar dor de cabeça e acabar com a tranquilidade que possuem. E é justamente aí que mora o perigo.
Você certamente reconhece a importância da prevenção, mas em outro aspecto. Veja só.
Todo carro zero sai da fábrica com revisão programada de acordo com a quilometragem rodada. O dono dele não espera ouvir algum barulhinho diferente ou notar que os freios estão falhando para ir à concessionária. Ele segue a orientação e verifica se tem algo errado no automóvel, mesmo que não perceba nenhum problema.
Após o fim da garantia, também é comum passar no mecânico de confiança de vez em quando ou antes de viajar. Você mesmo deve ter feito isso no fim do ano. Então, por que ir à oficina é algo tranquilo e ao consultório, problemático? Da mesma forma que trocar a pastilha de freio na hora certa evita danificar o disco, diagnosticar uma doença possibilita que ela não afete outros órgãos e, principalmente, seja eliminada ou tratada.
O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao estágio da doença. As que estão em fase avançada, geram ainda mais cuidados médicos e despesas no dia a dia. Você precisa ter em mente que receber um diagnóstico inesperado não significa que a vida vai acabar. Ao contrário, representa a chance de prolongá-la ao máximo, com o tratamento adequado.
Por outro lado, fugir do exame preventivo pode representar sim o fim da vida. As estatísticas provam isso e não é à toa que o Brasil se encontra na segunda colocação entre os países com maior número de mortes causadas por diabetes não diagnosticado.