Cuidar dos pés todos os dias deve ser a iniciativa de todo paciente porque diabetes e amputação estão totalmente ligados.
As estatísticas mostram que o risco de um portador de diabetes precisar amputar os pés chega a ser 40 vezes maior, comparado a uma pessoa saudável.
Esse desfecho não surge de repente, pois os pequenos ferimentos pioram aos poucos e o problema está em não cuidar deles.
Descubra como surge a chance de amputação e o que você precisa fazer para evitá-la.
Diabetes e amputação é não apenas um tema bastante sério, como também o mais temido entre os pacientes dessa doença. O diabetes afeta milhões de pessoas em todo o mundo e quem não controla o nível de glicose, sofre complicações que às vezes levam à amputação. Saiba por que isso pode ocorrer.
A neuropatia diabética é uma das implicações mais comuns em relação à condição de saúde dos diabéticos. Esse problema causa a degeneração dos nervos e, consequentemente, a redução da sensibilidade ou da sensação de dor nos pés ou nas mãos. Portanto, a pessoa precisa verificar com frequência como está a própria sensibilidade.
Há uma avaliação bem fácil que você pode fazer em casa, após o banho, quando verifica se tem algum corte ou ferida nos pés. É recomendável fazer esse teste uma vez por semana. Basta se deitar com as pernas estendidas, fechar os olhos e pedir para alguém tocar de leve três dedos dos seus pés. O primeiro, o do meio e o último.
Você dirá se sentiu algo a cada vez que encostaram no seu dedo. Somando o procedimento nos dois pés, são seis toques no total. Esse exame serve para checar o quanto o paciente está sensível ao toque ou a dor. Quem sente no máximo quatro toques, já está começando a ficar com a percepção reduzida.
Trata-se de uma avaliação caseira e bem simples, porém, importante. Existe um exame mais completo, feito no consultório, quando o médico usa instrumentos específicos para medir a sensibilidade do portador de diabetes. Essa avaliação deve ser feita anualmente, mesmo que você não note perda de sensibilidade.
O diabetes é uma doença silenciosa e suas complicações também surgem aos poucos. Avaliar se existe neuropatia diabética é o primeiro passo para evitar a amputação. Continue lendo e descubra por quê.
Descobrir se existe neuropatia diabética é crucial porque a má circulação sanguínea faz com que não apenas a dor fique menos perceptível, mas também que se torne mais difícil para o corpo combater as infecções. Quando o paciente não percebe que o pé está machucado, os cortes, as feridas e as bolhas só pioram.
Sendo assim, a gravidade da situação aumenta à medida que a pessoa não controla a glicemia. Mesmo sabendo que há um problema, nesse caso é difícil resolvê-lo porque o excesso de açúcar no sangue danifica tanto os vasos sanguíneos, quanto os nervos. Essa realidade reduz de forma crescente a capacidade que o organismo tem de se curar.
Isso ocorre porque na existência da neuropatia diabética, há menos capacidade de enviar sangue, oxigênio e demais substâncias para as áreas afetadas. Tal limitação reduz a propriedade natural que o organismo possui de combater infecções e promover a cicatrização dos machucados. Dessa forma, as complicações evoluem mais rápido do que o processo de cura.
Nesse caso, também aumenta o risco de o problema de saúde se agravar com o passar do tempo. Quando a ferida se torna crônica porque o corpo já não consegue combater a infecção, a situação é ainda mais séria. Outros sinais que você deve procurar nos pés são: manchas, deformidades e limitação da mobilidade. Na verdade, é um conjunto de fatores que leva à amputação e cada um deles se desenvolve aos poucos.
As estatísticas revelam que o portador de diabetes tem entre 15 e 40 vezes mais risco de precisar amputar os dedos ou os pés, dependendo da gravidade do quadro clínico. Exatamente por isso, o paciente deve ir com frequência ao médico, para realizar os exames preventivos e evitar que qualquer problema se agrave ao ponto de chegar à amputação.
Os profissionais de saúde estão aptos para analisar qualquer tipo de ferimento e encaminhar o paciente para uma avaliação detalhada. Podólogas e enfermeiras sabem o que fazer nos estágios iniciais de um problema nos pés, como por exemplo, bolhas, cortes ou outro machucado. Uma limpeza ou um curativo são as primeiras providências que eles tomam.
Caso a situação se agrave por causa da dificuldade que o organismo tem de se regenerar, são os médicos que fazem a avaliação do paciente e receitam medicamentos para alcançar à cura. O avanço do problema pode chegar aos seguintes quadros:
Infecção severa
É o problema que surge quando o tratamento com medicamento não tem mais efeito, devido ao elevado grau de neuropatia diabética. A infecção se espalha com mais rapidez e pode atingir outras partes do corpo, comprometendo inclusive a vida do paciente.
Gangrena
Trata-se da morte do tecido afetado pela infecção. A causa da gangrena está na falta de sangue em determinado membro, que pode levar à putrefação da área afetada, mas sem comprometer as demais partes do corpo que continuam com o fluxo sanguíneo normalizado.
Úlcera grave
São feridas que não cicatrizam mais e com o decorrer do tempo ficam maiores e mais profundas. Essas úlceras começam a comprometer a mobilidade do paciente, tornando difícil a realização de tarefas simples do dia a dia. O paciente perde ainda mais a saúde e a qualidade de vida, à medida que o quadro clínico dele se agrava.
Todas as situações apresentadas se referem a estágios avançados da doença. Nesses casos, a amputação acaba sendo a única medida que vai não apenas evitar que a saúde do portador de debates se agrave ainda mais, como também dar a ele um pouco mais de qualidade de vida.
Cuide bem de seus pés e evite o pior.