Descubra por que você tem mais fome durante o inverno e como esse detalhe natural pode atrapalhar o controle da sua glicemia.
O corpo se comporta de maneira diferente nos meses mais frios no ano, mas isso não pode ser um perigo para quem precisa se cuidar.
Existem algumas alternativas bem saudáveis que vão fazer você se sentir saciado e manter a consciência tranquila após as refeições.
Veja, agora, o que muda no seu organismo e o que você deve fazer a respeito.
A alimentação no inverno é diferente porque nessa época do ano a fome é maior. Nos dias frios, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal e para repor o que foi usado, você busca alimentos ricos em gordura e carboidrato. Fique atento ao que pode comer e não perca a linha.
Esse comportamento é explicado por meio do nosso instinto ancestral, que no tempo das cavernas, trabalhava tanto para economizar calorias, quanto para estocá-las no próprio corpo. Tudo isso ocorre de forma inconsciente e a procura por certos tipos de alimentos aumenta à medida que a temperatura ambiente cai.
Não é à toa, que no inverno bate aquela vontade de comer um fondue ou tomar uma xícara de chocolate quente. Há outra característica dessa época do ano. Sua baixa luminosidade resulta na menor concentração de neurotransmissores, como a serotonina, que garante a sensação de ânimo e de prazer durante o dia.
Alimentos com carboidratos proporcionam tal bem-estar. Ele é rico em triptofano (substância presente na formação da serotonina) e realmente dá mais ânimo, mas toda a disposição acaba logo porque a absorção dele é muito rápida. Os fast-foods estão cheios de opções que são verdadeiras ciladas.
Quem nunca se sentiu farto após exagerar nesse tipo de comida e pouco tempo depois ficou novamente com fome? Se juntar a fome e a vontade de comer o que não é saudável já é prejudicial a quem não tem nenhum problema de saúde, essa prática é totalmente desastrosa para quem precisa controlar a glicemia.
Por isso, o portador de diabetes deve ter ainda mais atenção em relação ao que come durante o inverno. Um deslize após o outro vai causar muita dor de cabeça.
É fácil garantir a sensação de saciedade e, ao mesmo tempo, deixar de lado as tentações da mesa que dão prazer instantâneo. Não há nenhum segredo nisso.
De acordo com a nutricionista Dáfny Silvestre Diniz Rodrigues, o primeiro passo é consumir pratos quentes que tenham elevada quantidade de fibras. Elas não apenas ajudam a garantir satisfação alimentar por mais tempo, mas também ajudam a controlar o índice glicêmico.
A colorida salada fresquinha e tão saborosa do verão, perde o encanto nas noites mais frias. “Ela pode ser substituída por um sopa, que também tem verduras e legumes, aquece o corpo e o deixa alimentado por mais tempo”, declara Dáfny.
Quem ainda quiser comer salada, deve dar preferência para os legumes cozidos, às oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), às sementes (girassol, abóbora, gergelim) e até às leguminosas (ervilha, feijão branco, feijão fradinho, grão de bico). Todas essas opções certamente tornam a refeição rica e cheia de nutrientes.
Você não precisa descartar os lamches. Eles são ricos em fibras, como o farelo de aveia, que pode se tornar um mingau saboroso. A gordura boa é até desejável, como por exemplo no caso do abacate. Ambos com toda a certeza geram saciedade e têm muito triptofano, àquela substância que ajuda na produção de serotonina.
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Além disso, para contra-atacar a queda de serotonina, faça atividade física de forma moderada e prolongada. Atenção: antes de iniciar qualquer exercício, consulte um médico.
Tal rotina eleva a produção desse neurotransmissor e ainda ajuda no controle glicêmico. Dessa forma, você vai cuidar bem de sua alimentação de inverno, ficar mais saudável, aquecido e com a saúde em dia.